Pular para o conteúdo

Fazenda divulgou nesta quinta-feira (13/11) o Boletim Macrofiscal e o Panorama Macroeconômico

O Boletim Macrofiscal é um relatório bimestral em que são divulgadas tempestivamente as projeções de curto e médio prazo para os indicadores de atividade econômica e de inflação, utilizados no processo orçamentário da União. Além disso, são apresentadas análises sobre a conjuntura macroeconômica e fiscal, bem como estudos acerca de medidas em pauta que exercem impacto relevante sobre o desempenho econômico do país.

Estes são alguns dos dados que foram apresentado no Boletim MacroFiscal da SPE, publicado no dia 13 de novembro de 2025.

O crescimento global tem se mostrado resiliente, porém incertezas comerciais e geopolíticas seguem como riscos relevantes para a atividade à frente. O crescimento tem surpreendido positivamente nos Estados Unidos, refletindo a expansão da absorção doméstica e de setores ligados à inteligência artificial, apesar do menor dinamismo no
mercado de trabalho. Em contrapartida, diante da efetiva implementação das tarifas e do arrefecimento dos impulsos associados à antecipação de importações, outras economias já vêm sendo afetadas pela menor emanda por exportações e investimentos.

No Brasil, indicadores coincidentes sugerem que a aƟvidade seguiu desacelerando no terceiro trimestre. Essa desaceleração já era esperada, repercutindo efeitos defasados e cumulativos da política monetária restritiva em vigor. Na comparação trimestral, as concessões reais de crédito dessazonalizadas já apresentaram contração em setembro e, no mercado de trabalho, já se verifica redução da população ocupada e desaceleração no ritmo de expansão dos rendimentos, ainda que a taxa de desemprego tenha seguido em patamar historicamente baixo.

Com base nesse cenário, a perspectiva de crescimento para 2025 foi revisada de 2,3% para 2,2%. A revisão está relacionada à menor projeção de expansão para o PIB do terceiro trimestre, impactando também as previsões para o trimestre à frente. Por setor produtivo, a projeção de crescimento foi revisada de 8,3% para 9,5% para a agropecuária, caiu de 1,4% para 1,3% para a indústria e recuou de 2,1% para 1,9% para serviços. Para 2026, a previsão de crescimento permaneceu em 2,4%, repercutindo desaceleração da atividade agropecuária, mas maior expansão da indústria e dos serviços comparativamente a 2025.

Para o IPCA, a projeção para 2025 foi revisada de 4,8% para 4,6%. A perspectiva de menor inflação no ano reflete efeitos defasados do real mais apreciado; a menor inflação no atacado agropecuário e industrial; e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo dos conflitos comerciais. Essa estimativa considera bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro. Para 2026, a projeção para a inflação medida pelo IPCA caiu de 3,6% para 3,5%, atingindo 3,2% no segundo trimestre de 2027, horizonte relevante de política monetária. Para o INPC de 2025, a projeção de inflação caiu de 4,7% para 4,5%, enquanto para o IGP-DI, caiu de 2,6% para 1,4%.

Em 31 de outubro de 2025, foram divulgadas as estatísticas fiscais do Banco Central do Brasil a respeito da Dívida Bruta do Governo Geral, indicando que a DBGG atingiu 78,1% do PIB (R$ 9,7 trilhões) em setembro de 2025, aumento de 0,6 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Fonte:

https://www.gov.br/fazenda/pt-br/central-de-conteudo/publicacoes/conjuntura-economica/boletim-macrofiscal

Mais Posts

Assinar blog por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.